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09 novembro 2015

A Cidade das Sombras - Parte IV


Ler Parte I
Ler Parte II 

Ler Parte III 
por Walter Júnior
Fala galera, leitores assíduos – e outros nem tanto assim – que sempre visitam meu blog, tudo bem com vocês?

Hoje estaremos dando continuidade a estória de mistério que envolve “A Cidade das Sombras!”, espero que estejam gostando das estórias e dos textos que estou escrevendo para vocês, então, vem comigo.

“Não sei como posso suportar mais essa vida, sempre a mesma coisa, as mesmas tristezas, as mesmas ilusões.

Sempre sou condenado sem a possibilidade de qualquer julgamento, por atitudes que alguns julgam ser erradas, apenas por que eles não concordam com aquilo que vivo e acredito. Não permitirei que invadam minha vida.

Hoje ouvi uma conversa de meus pais, eles acreditam que estou louco, mas, o que seria a loucura?

Apenas desejo ser aquilo que sou sem me importar com os dedos condenatórios da sociedade. Não vou deixar de lado os meus sonhos, planos, desejos e mascarar minha personalidade para tentar ser aceito por pessoas frias e amarguradas, as quais, assim se tornaram por um dia terem aceitado aquilo que querem que eu aceite agora.

Podem me imputar os rótulos que quiserem. Não vou desistir daquilo que acredito por medo do que pode me acontecer, prefiro viver em um sanatório o resto de minha vida, do que viver a insanidade desse mundo. Lá eu estaria ao lado de outros malucos, mas, pelo menos eles viviam intensamente os seus próprios mundos.


Nesta quinta-feira, dia 25 de março de 2015, um dia cinzento e frio. A manhã bucólica anunciava que havia chegado a hora. Sim, eu estava preparado.

O silêncio que entorpecia mais que qualquer droga que eu já tinha experimentado, parecia nos envolver em uma densa nuvem negra, ela representava nossa aura, o nosso estado de espirito naquele momento.

Papai dirigia o carro, com seu olhar sério e impenetrável. Mamãe como sempre ao seu lado, também nada falava, mas o brilho de seu olhar ofuscado, denunciava as lágrimas que ela lutava para segurar. Eu estava sentado no banco de trás, estava começando a construir o meu próprio mundo, onde os meus medos e minhas alegrias, andariam de mãos dadas, pois, não buscaria um lugar perfeito, creio que seria chato demais.

O carro finalmente parou, lembro de todas as imagens e rostos que vi durante o caminho. Descemos e nos encaminhamos para a recepção da clínica psiquiátrica, um “lar de repouso” para pessoas como eu.

Segundo o meu psiquiatra, seria bom para mim passar algum tempo lá, pois, seria acompanhado durante todo o dia por pessoas que poderiam me monitorar e ministrar corretamente os remédios que conseguiriam, enfim, me transformar naquilo que meus pais queriam e que consideravam ser a normalidade que eles esperavam de um filho.

Fiquei sentado enquanto papai e mamãe tratavam da papelada de minha internação. Sinceramente eu não sentia raivas deles por conta daquela atitude, na verdade o sentimento que me invadiu foi o de pena, por saber que naquela altura da vida, meus pais nunca viveram de verdade, pois o desejo de manter o status social, impediam de cometer as loucuras que todos precisamos para conseguir ter uma vida plena e saudável.”

Obrigado por acompanhar-me no desenrolar deste mistério, caso estejam gostando das minhas postagens, peço que compartilhem com seus amigos e em suas redes sociais, para que assim o nosso blog possa crescer e eu possa estar contando mais e mais textos, estórias e histórias para vocês.

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01 novembro 2015

A Cidade das Sombras - Parte III


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por Walter Júnior
Fala galera, leitores assíduos – e outros nem tanto assim – que sempre visitam meu blog, tudo bem com vocês?
Hoje estaremos dando continuidade a estória de mistério que envolve “A Cidade das Sombras!”, espero que estejam gostando das estórias e dos textos que estou escrevendo para vocês, então, vem comigo.

“- André acorde! O dia já amanheceu, precisamos ir.

Essa noite foi mais longa do que eu poderia imaginar e agora a fome está me deixando com uma sensação enorme de fraqueza, mas não posso me entregar.

A Roberta parece estar bem mais inteira do que eu, creio que se ela não tivesse aparecido eu já teria me entregue a loucura, mas, se ela chegou até aqui é porque tínhamos que nos encontrar, se existe um destino, ele quis nos unir.

- Você já pensou no que faremos depois que atravessarmos essa porta?

- Para falar a verdade não, mas só conseguiremos pensar em alguma coisa depois que entendermos o que está acontecendo.

- Vamos ficar sempre juntos, essa corda que você colocou nos ligando realmente será de grande serventia, pois poderemos proteger um ao outro.

- Quando estivermos lá fora, é interessante que fiquemos ligados em qualquer movimento, pois poderemos ver onde aqueles monstros estão e, quem sabe, encontrar outros sobreviventes, talvez alguém saiba o que aconteceu.

Chegou o momento de sairmos. Pegamos algumas coisas que encontramos na casa e que poderá ser úteis.

- Pode deixar que eu irei na frente.

- Nossa que cavalheiro, mas prefiro ir na frente, não confio em sua visão. Sou mulher e como tal, minha visão lateral é bem melhor que a dos homens, ficará mais fácil de prevenir algum ataque.

- Tudo bem, mas sugiro que não andemos pelas calçadas para que não venha acontecer de algum deles consiga nos encurralar.

- Está certo, então, vamos lá.
 

O primeiro passo foi dado. Assim que chegamos até a rua paramos e buscamos pensar na melhor direção a seguir, até aquele momento tudo estava tranquilo, não tínhamos visto nenhum dos seres. 

Espero que continue assim.

- Roberta, estou reconhecendo essa rua. Estamos na minha cidade. O que será que aconteceu, porque está tão destruída?

- Você mora aqui? Deve ter acontecido algum desastre nuclear ou coisa do tipo. Não lembra de nada mesmo?

- Não lembro. Eu me lembro que quando abri os olhos estava deitado de frente aquela casa de faixada azul, ouvi grito de desespero e corri ainda desnorteado, foi quando vi a porta dessa casa aberta e entrei, desci até o porão e estava lá até agora.

- Eu não consigo me lembrar nem mesmo de onde venho, apenas sei o meu nome e mais nada. Vamos continuar caminhando, não podemos perder tempo. Precisamos encontrar algo para comer e um lugar seguro que nos sirva de abrigo durante a noite.

- Eu conheço bem a cidade, sugiro que a gente siga esta direção, pois, mais a frente, funcionava uma loja de conveniências, talvez encontremos comida e água.

- Certo, vamos prestando atenção em cada passo que a gente der, caso algum daqueles monstros apareçam, não podemos nos desesperar, temos que nos acalmar e nos manter juntos, analisa-lo e procurar seu ponto fraco.  Que Deus nos ajude!”



31 outubro 2015

A Cidade das Sombras - Parte II



Ler Parte I


por Walter Júnior

Fala galera, leitores assíduos – e outros nem tanto assim – que sempre visitam meu blog, tudo bem com vocês?
Hoje estaremos dando continuidade a estória de mistério que envolve “A Cidade das Sombras!”, espero que estejam gostando das estórias e dos textos que estou escrevendo para vocês, então, vem comigo.

 
"- Você é muito estressada, leva tudo a sério!

- Creio que aqui não é hora e nem local para piadas.

Não entendo as mulheres e creio que elas não entendem que esse é o meu modo de lidar com a tensão que estamos vivendo.

Enfim, existe algo apavorante lá fora em meio as sombras, precisamos bolar um plano rápido antes que eles decidam entrar aqui ou que sejamos seduzidos por seu canto.

- Peço que me desculpe pelas brincadeiras, não vai mais acontecer. Precisamos bolar um plano para sairmos daqui.

- Tudo bem, vamos esquecer isso e nos focar em uma maneira de sair desse inferno, mas primeiramente precisamos encontrar um modo de não ser hipnotizados por eles. Mas como?
Estou prestes a enlouquecer, mas, não posso demonstrar isso a ela. Tenho que me manter ativo para não desmotiva-la, essa é nossa única chance. Precisamos um do outro para sobreviver.
Juntos somos mais fortes e precisamos no defender de qualquer coisa de ruim que possa acontecer, pois, se um de nós sucumbir nessa batalha, com certeza o outro não sobreviverá.


- Na hora que aquele ser me hipnotizou, como foi que aconteceu? Não me lembro de nada.

- Eu não vi muita coisa. Estava exausta e adormeci logo que me você assumiu o posto, sei apenas que você tropeçou em minha perna quando estava caminhando para porta e por isso acordei. Levantei, olhei pela janela e vi aquele ser que entoava a melodia que lhe deixou em estado de transe, ainda bem que consegui lhe impedir de sair.

- O que eu não entendo é porque você também não foi atraída pela canção.

- Eu também não sei, talvez ele só consiga atrair um de cada vez.

- Espera um pouco, se for assim, nós temos uma chance. Correremos um grande risco já que teremos que ir lá fora, mas, aqui também é arriscado, pois nada impede deles nos atacarem. Precisamos descobrir o ponto fraco deles e encontrar um modo de sairmos dessa cidade.

- Gostei de ouvir você dizer isso tão confiante, pela primeira vez estou ouvindo você falar como homem.

Não vou nem responder a essa piadinha, pois, para falar a verdade, não estou muito confiante neste plano, todavia, vou enfrentar o que for, prefiro morrer do que ficar mais um dia nesta casa sem saber o que está acontecendo.

- Já está escuro lá fora, melhor passarmos mais essa noite aqui e sair logo ao amanhecer, o perigo só aumenta com o anoitecer, pois não sabemos o que iremos enfrentar.

- Verdade Roberta, se sairmos agora seremos presas fáceis.

- Vamos continuar nosso plano de ficar de sentinelas. Preciso apenas das correias do seu tênis!

- Para que você quer as correias do meu tênis?

- Você é muito lento mesmo André! Vou amarrar sua perna na minha, assim, se um de nós for atraído pela melodia, o outro perceberá e poderá impedir.

- Boa ideia Roberta.

Pelo visto a noite será longa, ter que me preocupar com o que vem da escuridão e ainda suportar a rabugice dessa mulher!"